sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Coréia

Evoé! Ex-jovem no velho oriente.

Belamente, a bela não mente, fala a verdade. Sim, noite caiu, mas o dia virá para me lembrar que aquela mina não estará mais comigo.

Qual será o sijo de hoje?
Fustigar a chuva, embalsamar o vento. 
Conter o sopro matutino à beira do rio, 
Salvar a chama que vai se apagar.

Ter que fazer sentido, o caractere sobre a tela. Ondas de neon rebatem retinas frágeis. Ondas de torpor azedam o dia seguinte. O dia segue. Tecla, tecla, tecla, enter.

Qual será o sijo de hoje?
Granulada seiva que sobe às folhas,
Infinita semente secando ao sol,
Poeira no ar - o esquecimento inclemente.

Minha mãe falou: Meu filho... Desce daí, seu danado. Quando fizer xixi, rodeia a casa e agradece, esfrega bem os olhos. Despeja o sal da vida na minha barriga.

A pele repuxada, a pele cheia de ranhuras. Olha a palma da mão que a cigana não quis ver.

Qual será o sijo de hoje?
Adentrar a máquina em passo delicado,
Engrenagens oleosas e macias fazem derreter o aço
E evaporar em púrpura - alma tecnológica redentora.

Por que parece ser tudo igual de novo? Estar no frisson da paixão como na pista de patinação, em vez de manter uma relação belamente construída no armário embutido?

Qual será o sijo de hoje?