domingo, 20 de dezembro de 2015

O beijo da mulher aranha

O resto de vinho deixado na taça
A noite anterior em sua gentileza
Seu sorriso elegante e áspero
Mulher aranha a secar seu beijo

Branca é a nuvem de incertezas
Com todas as cores que me cegam
Um dia eu peço a conta e deixo
Uma coroa de flores amarelas

(Preciso morrer pra saber se estou vivo)
Que amor é esse, sem viço - sem exclamação
Em que a dor do conforto
Corrói-se de inveja da solidão?